E, de repente, só oiço a minha consciência a repetir a mesma frase, como um disco riscado :
"Bless your soul, youve got youre head in the clouds "
Sonhos, Memórias, Pensamentos. Uma outra face, encoberta por uma sombra, que cria simultaneamente fragmentos que se adaptam em nome da evolução...
 Impressionante como existem pessoas cujo objectivo principal é tentar fazer os outros sofrer. O trabalho que têm para conseguir nem sei eu bem o quê. Pois, lamento estragar-te os planos. Ganhei imunidade. Tenho agora células de memória que me permitem uma resposta mais eficaz. Às vezes acho que não cresceste, que te tentas constantemente pôr em bicos de pés, para pareceres mais alto. Talvez, sempre que fazes alguém sofrer, te sintas maior daí fazeres o que fazes. Fizeste-o com amigos meus, sei disso muito bem. Sei que a fizeste sofrer, mesmo que ela tenha dito que não. Tentas fazer o mesmo comigo. Nunca o conseguiste porque sabes, tão bem como eu que te baseias num castelo de cartas. Mas, agora? Conseguiste colmatar as falhas, conseguiste encontrar um ponto fraco. Parabéns, tirava-te o chapéu (se o tivesse).  Contudo, tenho algo para te dizer. Um ponto fraco, uma falha numa construção de um castelo, por muito alto que seja, é imprevisivel. Não tem que ceder. Lamento, não me farás ceder. Lamento que tenhas algum dia conseguido fazê-lo às pessoas de quem gosto. Por mim podes sempre pôr-te em bicos de pés. Apregoa ao mundo, parabéns, conseguiste ultrapassar-me. Mas, lamento. Não me vais deitar abaixo, e até te digo porquê. Conto-te um segredo tão valioso que sempre ignoraste.Não podes saber jogar xadrez sem saberes fazer xeque. Amizade.  De que te vale tudo isso? De que te vale achares que conseguiste? Quem tens a teu lado, quem te dará os parabéns, a quem podes recorrer quando precisares? Eu, um dia estive lá. Agora? Lamento, o tempo passou. A vida é um jogo, não é o que dizes?
Impressionante como existem pessoas cujo objectivo principal é tentar fazer os outros sofrer. O trabalho que têm para conseguir nem sei eu bem o quê. Pois, lamento estragar-te os planos. Ganhei imunidade. Tenho agora células de memória que me permitem uma resposta mais eficaz. Às vezes acho que não cresceste, que te tentas constantemente pôr em bicos de pés, para pareceres mais alto. Talvez, sempre que fazes alguém sofrer, te sintas maior daí fazeres o que fazes. Fizeste-o com amigos meus, sei disso muito bem. Sei que a fizeste sofrer, mesmo que ela tenha dito que não. Tentas fazer o mesmo comigo. Nunca o conseguiste porque sabes, tão bem como eu que te baseias num castelo de cartas. Mas, agora? Conseguiste colmatar as falhas, conseguiste encontrar um ponto fraco. Parabéns, tirava-te o chapéu (se o tivesse).  Contudo, tenho algo para te dizer. Um ponto fraco, uma falha numa construção de um castelo, por muito alto que seja, é imprevisivel. Não tem que ceder. Lamento, não me farás ceder. Lamento que tenhas algum dia conseguido fazê-lo às pessoas de quem gosto. Por mim podes sempre pôr-te em bicos de pés. Apregoa ao mundo, parabéns, conseguiste ultrapassar-me. Mas, lamento. Não me vais deitar abaixo, e até te digo porquê. Conto-te um segredo tão valioso que sempre ignoraste.Não podes saber jogar xadrez sem saberes fazer xeque. Amizade.  De que te vale tudo isso? De que te vale achares que conseguiste? Quem tens a teu lado, quem te dará os parabéns, a quem podes recorrer quando precisares? Eu, um dia estive lá. Agora? Lamento, o tempo passou. A vida é um jogo, não é o que dizes?  Estive a olhar pela janela a ver os portões da escola.Vi uma certa agitação, agora menor dada a hora que é. Vi imensos miúdos a brincar, a sair alegres com um sorriso na cara e com uma mochila nova nas costas. Provavelmente cheia de cadernos ainda com aquele cheiro característico de que foram comprados recentemente. E os livros, ainda pouco ou nada abertos, cheios de matérias excitantes e emocionantes a abordar ao longo de todo um ano lectivo. Claro que, para alguns, as matérias são pouco ou nada excitantes ou tão pouco entusiasmantes mas não é com esses que me identifico. Sim, ao ver aquelas crianças a sair da escola, lembrei-me de mim. De quando ia comprar material escolar contentíssimo, da primeira vez que entrei o portão da escola, nervoso, sem saber como iriam ser os meus novos colegas ou os professores, mas com apenas uma certeza. Seriam 3 anos que iriam decidir o meu futuro, que me permitiriam (ou não) lutar pelo meu sonho. Não lutei, pelo menos não o suficiente mas, o engraçado, é que se tudo correr bem, vou conseguir o que quero. Sim, porque nem em todas as alturas da vida desejamos ou ambicionamos o mesmo. Não gosto de me agarrar ao passado. O passado é um tempo esquecido, relembrado apenas por escassos momentos, envolto numa certa neblina e, mistificado, muitas das vezes. Fez me bem no entanto. Gostei de relembrar alguns momentos, nem que por breves instantes. Por momentos tive o poder de recuar no tempo, de voltar a ser uma criança. Caminhando ansiosamente para o seu primeiro dia de aulas, com uma mochila pesada nas costas cheia de cadernos por estrear. Avancei um bocadinho mais. O nervosismo está lá. Mas agora é uma escola diferente, de pessoas mais velhas e a criança passou a adolescente. Prepara-se para os seus primeiros exames no final do ano e para ingressar no ensino secundário ! Agora é que vai ser. Lutar pelo meu futuro-pensa
Estive a olhar pela janela a ver os portões da escola.Vi uma certa agitação, agora menor dada a hora que é. Vi imensos miúdos a brincar, a sair alegres com um sorriso na cara e com uma mochila nova nas costas. Provavelmente cheia de cadernos ainda com aquele cheiro característico de que foram comprados recentemente. E os livros, ainda pouco ou nada abertos, cheios de matérias excitantes e emocionantes a abordar ao longo de todo um ano lectivo. Claro que, para alguns, as matérias são pouco ou nada excitantes ou tão pouco entusiasmantes mas não é com esses que me identifico. Sim, ao ver aquelas crianças a sair da escola, lembrei-me de mim. De quando ia comprar material escolar contentíssimo, da primeira vez que entrei o portão da escola, nervoso, sem saber como iriam ser os meus novos colegas ou os professores, mas com apenas uma certeza. Seriam 3 anos que iriam decidir o meu futuro, que me permitiriam (ou não) lutar pelo meu sonho. Não lutei, pelo menos não o suficiente mas, o engraçado, é que se tudo correr bem, vou conseguir o que quero. Sim, porque nem em todas as alturas da vida desejamos ou ambicionamos o mesmo. Não gosto de me agarrar ao passado. O passado é um tempo esquecido, relembrado apenas por escassos momentos, envolto numa certa neblina e, mistificado, muitas das vezes. Fez me bem no entanto. Gostei de relembrar alguns momentos, nem que por breves instantes. Por momentos tive o poder de recuar no tempo, de voltar a ser uma criança. Caminhando ansiosamente para o seu primeiro dia de aulas, com uma mochila pesada nas costas cheia de cadernos por estrear. Avancei um bocadinho mais. O nervosismo está lá. Mas agora é uma escola diferente, de pessoas mais velhas e a criança passou a adolescente. Prepara-se para os seus primeiros exames no final do ano e para ingressar no ensino secundário ! Agora é que vai ser. Lutar pelo meu futuro-pensa  Devem conhecer aquela célebre frase : O mundo é pequeno. Apesar de, em termos racionais isto ser um pouco absurdo (dependendo claro do nosso conceito de mundo e do objecto de referência para a medição), até que às vezes, posso entendê-lo. Ontem, depois de ter visto o Titanic (e de ter chorado pela milionésima vez- sim, um pouco estúpido mas não o consigo evitar), recompus-me e fui dar uma volta. Não encontrei crianças a brincar na rua contrariamente ao que esperava. Nem senhoras, já com alguma idade, a passear os seus cãezinhos. Fiquei um pouco espantado, mas enfim, as crianças provavelmente preferem estar no computador (oh sweet irony ) e as senhoras, essas.... bem, se não estiverem no computador também, talvez possam ter ido de férias, sim porque não? Continuei a andar e sentada no passeio estava uma rapariga com longos cabelos castanhos caídos sobre algo que me parecia um telemóvel. Ia passar por ela quando sai de um prédio próximo uma  das minhas ex-namoradas (sim, tive e isso é algo a falar um dia) que, ao sair, reconhece-me e vem me falar. Cumprimento-a , conversa casual, como estás, entrada na faculdade, vais sair? Ao que ela me responde,  "Sim, vou dar uma volta com uma amiga minha que ali está sentada à minha espera" Começámos a andar. Então e onde vão? "Estamos a pensar ir à escola porque ela tem de ir tratar de umas coisas e depois devemos ir ao .***** (por razões de confidencialidade vou omitir o nome do sítio :P) " E tu, vais ao supermercado?" Não, ia à papelaria. "Ah, então fazes-nos companhia até à escola" Claro, sorri. Chegámos ao pé da rapariga e eu tive aquela sensação de já a ter visto antes mesmo de saber o seu nome. " Christopher, esta é a N. " .
Devem conhecer aquela célebre frase : O mundo é pequeno. Apesar de, em termos racionais isto ser um pouco absurdo (dependendo claro do nosso conceito de mundo e do objecto de referência para a medição), até que às vezes, posso entendê-lo. Ontem, depois de ter visto o Titanic (e de ter chorado pela milionésima vez- sim, um pouco estúpido mas não o consigo evitar), recompus-me e fui dar uma volta. Não encontrei crianças a brincar na rua contrariamente ao que esperava. Nem senhoras, já com alguma idade, a passear os seus cãezinhos. Fiquei um pouco espantado, mas enfim, as crianças provavelmente preferem estar no computador (oh sweet irony ) e as senhoras, essas.... bem, se não estiverem no computador também, talvez possam ter ido de férias, sim porque não? Continuei a andar e sentada no passeio estava uma rapariga com longos cabelos castanhos caídos sobre algo que me parecia um telemóvel. Ia passar por ela quando sai de um prédio próximo uma  das minhas ex-namoradas (sim, tive e isso é algo a falar um dia) que, ao sair, reconhece-me e vem me falar. Cumprimento-a , conversa casual, como estás, entrada na faculdade, vais sair? Ao que ela me responde,  "Sim, vou dar uma volta com uma amiga minha que ali está sentada à minha espera" Começámos a andar. Então e onde vão? "Estamos a pensar ir à escola porque ela tem de ir tratar de umas coisas e depois devemos ir ao .***** (por razões de confidencialidade vou omitir o nome do sítio :P) " E tu, vais ao supermercado?" Não, ia à papelaria. "Ah, então fazes-nos companhia até à escola" Claro, sorri. Chegámos ao pé da rapariga e eu tive aquela sensação de já a ter visto antes mesmo de saber o seu nome. " Christopher, esta é a N. " . " Mas e então quando vou saber que sou adulto? Quando é que vou ganhar a compreensão e maturidade que me faltam?" A faculdade talvez. Pelo menos é o que acho que me vai fazer "abrir os olhos". Até aqui tenho sido mimado, acho. O aluno preferido dos professores, o aluno certinho que ia tendo uns valores a mais a matemática sem saber como , simplesmente por ser simpático. A escola era ali ao pé, a dois passos. Transportes públicos? Muito raramente e "passe" era uma palavra que não constava no meu dicionário. E, os amigos? Nunca fui popular mas tenho um bom grupo de amigos e também nunca me considerei sozinho, sorte minha. Irmãos? Não tenho, apesar de com grande pena minha, o que me fez talvez ainda mais mimado. Financeiramente? Graças a Deus, nunca passei dificuldades e , apesar de já ter vivido melhor, sou privilegiado também nesse aspecto. Saúde? Tirando alergias, também nunca tive nada de grave, nem eu, nem a minha família . Pais, Avós, Primos, Tios todos vivos e de boa Saúde. Sim, tenho tido sorte. Tenho sido mimado pela vida e, acho que ainda não tenho noção da vida, do que é duro, do esforço propriamente dito. Claro que muitas destas coisas irão manter-se quando entrar na Faculdade, mas se calhar a maneira como as vejo vai mudar. Sim, tenho algum medo. Gostava de às vezes permanecer assim para sempre, sem crescer, tal e qual Peter Pan. Mas, mesmo assim, não posso fazer nada senão esperar. Sim, porque pode ser que este meu "eu" mais racional esteja enganado, que tudo se mantenha cor-de-rosa. E, se mudar, se deixar de ser privilegiado? Não há problema. Aprenderei a agradecer. Sim, porque mais não seja, um dia fui feliz.
" Mas e então quando vou saber que sou adulto? Quando é que vou ganhar a compreensão e maturidade que me faltam?" A faculdade talvez. Pelo menos é o que acho que me vai fazer "abrir os olhos". Até aqui tenho sido mimado, acho. O aluno preferido dos professores, o aluno certinho que ia tendo uns valores a mais a matemática sem saber como , simplesmente por ser simpático. A escola era ali ao pé, a dois passos. Transportes públicos? Muito raramente e "passe" era uma palavra que não constava no meu dicionário. E, os amigos? Nunca fui popular mas tenho um bom grupo de amigos e também nunca me considerei sozinho, sorte minha. Irmãos? Não tenho, apesar de com grande pena minha, o que me fez talvez ainda mais mimado. Financeiramente? Graças a Deus, nunca passei dificuldades e , apesar de já ter vivido melhor, sou privilegiado também nesse aspecto. Saúde? Tirando alergias, também nunca tive nada de grave, nem eu, nem a minha família . Pais, Avós, Primos, Tios todos vivos e de boa Saúde. Sim, tenho tido sorte. Tenho sido mimado pela vida e, acho que ainda não tenho noção da vida, do que é duro, do esforço propriamente dito. Claro que muitas destas coisas irão manter-se quando entrar na Faculdade, mas se calhar a maneira como as vejo vai mudar. Sim, tenho algum medo. Gostava de às vezes permanecer assim para sempre, sem crescer, tal e qual Peter Pan. Mas, mesmo assim, não posso fazer nada senão esperar. Sim, porque pode ser que este meu "eu" mais racional esteja enganado, que tudo se mantenha cor-de-rosa. E, se mudar, se deixar de ser privilegiado? Não há problema. Aprenderei a agradecer. Sim, porque mais não seja, um dia fui feliz.
