quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Brisa Musical X / Paraíso

Existem coisas que nunca chegam a ser. Algo que sabemos como foi sem ter sido. Estive com a tua fotografia na mão. Pergunto me se valeu a pena. Ensinaram-me sempre a lutar por aquilo que quero. Quero acreditar que o tenho feito até aqui, quero.
Estou a quilómetros de casa, num sitio que dificilmente algum dia chamarei de casa. Sei que um dia vou voltar a casa. Sei que um dia voltaremos a encontrar-nos. Sei que um dia te vais arrepender. Sou um sonhador. Mas será isso mau?
Tento fechar os olhos e ver o futuro. Para... Para... Paradise...   Se calhar nunca o vou conseguir ver. Se calhar não nos voltaremos a ver.
Não desgosto do tempo. Dá nos maturidade, não é o que dizem ? Mas, às vezes, gostava de o poder controlar. Poder avançar e recuar no tempo. Seria um dom, ou uma maldição?

Ultimamente tenho pensado num nós. Nunca dei muita importância a isso, pensei que seria um capricho pensar assim, típico de alguém mimado. Talvez a estupidez seja minha mas não sei o que é pior. Aqui há uns dias vi dois rapazes de mãos dadas e achei engraçado. Sorri e pensei que não me iria voltar a lembrar daquilo. Deve ter sido um estimulo qualquer mas, a verdade, é que desde aí tenho vindo a pensar na minha vida. Acho que já não me reconheço. O Christopher de alguns meses atrás diria provavelmente que era superior e que, se estava sozinho, estava muito bem. Ainda que não tenha mudado a minha opinião acerca de se procurar uma relação insistentemente (que considero não ser nada saudável), confesso que agora tenho pensado nisso.
Não sou tão independente como penso se calhar. Serei mais um a procurar um paraíso distante? Sinto me mal por ter dado conselhos a amigos que, agora, teimo em quebrar. Inevitavelmente, tenho pensado também em assumir-me perante os meus pais. Não quero pensar até porque, "pensar é estar doente dos olhos"...



P.S.: Como não poderia deixar de ser, identifiquei-me imenso com esta música e estou farto de a ouvir mas, por mais que a oiça, ainda não consigo perceber em que etapa estou... Será que já estou no monociclo, a caminho do paraíso?



sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Boca de Cena

Ponto de ruptura. Deformação. Quebra. "Those 3 words are said to much". Julgar. Criticar. Não pensar. Errar. Sim, todos erramos. Aprendi que, talvez, não seja assim tão diferente daqueles de quem, desesperadamente, me desejo afastar. Uma chave. Uma gaveta onde pudesse fechar tudo o que não quero. Tudo o que não desejo. Tudo o que me faz sofrer. Não me importava que fosse como a caixa de Pandora. Não me importava de esquecer. De a enterrar. De a atirar para o mar.
Já não vejo o mar há algum tempo e, a última vez que o vi, roubou me uma lágrima. Quis mergulhar. Quis abrir os olhos debaixo de água e pensar que estava noutro Mundo. Quis encontrar o fio que um dia perdi. Quis encontrar a cruz que não carreguei, mas que gostava de ter comigo. Quis mergulhar e encontrar prata. Não gosto de ouro. "Remember."  Estava frio. Voltei para trás e sentei me na pedra. 
Já ali tinha estado antes. Uma conversa. Um fim. Um fim de um princípio que nunca chegou a ser. Ressentimentos. Não os tenho, pelo menos não deveria ter. Razão.Tenho, mas talvez não a suficiente. Hipóteses. Probabilidades. " As if you have a choice ". Um dia, hoje é o dia. Espero, de forma paciente.
Dou conselhos e digo que sim. Digo que a vida é curta. Digo que não se deve fugir a uma batalha.
Fuga. Desilusão. Sonho. Estou farto de coisas abstractas. "They never progress past that early promiss".
E quando não chega lutar? " If youre not really here i dont wanna be either". Talvez. Nunca. Sempre. Constante. Se me lembro? Nunca me vou esquecer. O que os outros acham, que me importa? E o que eu quero? O que eu acho, o que eu consigo. 
Levantei-me e subi a rua. Os outros. A mentira. Ficam no mar. Esquecidos. 

Um ano. Doze mezes. Trezentos e sessenta e cinco dias. Serei mais e voltaremos ao mesmo ponto. Recuo ou Avanço? "You ain`t seen the best of me yet". Esperemos que os pontos não sejam diferentes. Esperemos estar no mesmo palco. Esperemos estar no espectáculo. Esperemos. 
Recurso. E, se ainda assim não esperarmos?. Esperemos. Sim, porque nessa altura, não olharei para trás. 
Três. Número Perfeito. Não. Sete. Três correm as cortinas. Quatro actores. E o papel principal? Não faço intenções de o ter porque sempre tive a bondade de o conceder. Agora? Se te roubei tal papel não lamento. Se tenho protagonismo que a ti te é essencial, não lamento. Lamentar? Lamentaste? Arrependimento? Arrependeste-te?
Sorriso. Uma gargalhada. E, quem ri por último? A ver vamos até que a cortina se feche e, a quem a puxar...

  " I had a story that had to be told "



terça-feira, 1 de novembro de 2011

Brisa Musical IX


"Light up, light up
As if you have a choice
Even if you cannot hear my voice
I'll be right beside you dear"





"If I lay here
If I just lay here
Would you lie with me and just forget the world?"


Encaixe Induzido

"So come on and give me a chance... To prove I am the one who can....
Will i ever know how it feels to hold you close?
I`ve been here before... You`ll never know if you never try, To forget your past and simply be mine...
I know it ain`t easy... Nobody`s perfect... Trust me I`ve learned it..."


Pontos positivos? Alguns. Nunca disse que era perfeito. Tenho falhas que nunca vais conseguir corrigir. Defeitos que só mais tarde vais perceber. Nunca disse que queria ser perfeito. Posso não saber encontrar as minhas virtudes mas não ambiciono chegar a santo. Palavras. Actos. Se calhar deveria deixar de ser eu para passar a ser qualquer outro que se considere melhor. Se calhar devia mas não o vou fazer. Não mudo. Já o tentei fazer antes. Também já tentei acreditar que as pessoas mudam. E mudam, claro que sim. Para melhor ? Nem sempre, raramente.
Imaginação, tenho muita. Se estivestes a meu lado? Diria que sim. Sei que sim. Estiveste a meu lado. Apoiaste-te em mim. Acreditei, quis, ambicionei. Egocentrismo. Narcisismo. Sim, são defeitos tão meus quanto teus. Baixa auto-estima? Lamento, não tenciono ser um substituto. Não tenciono fazer-me passar por algo que não sou.
Pedem-me para ter cuidado. Para que não seja demasiado bruto, para que evite confrontos. Sei que me entendes. Sei que me consegues avaliar. Sei que, quando me olhas nos olhos, podes perceber muito mas tenho a dizer-te que é muito mais o que não vês. Disseram-me, várias vezes, que os meus olhos são vítreos. Não ter brilho pode ser bom. Eu vejo-te e tu , vês-me?
Surpreendeste-me, admito. O mesmo? Claro que não. Não confio em ti, deixei de o fazer. Não me tenciono deprimir, tentando contar aqueles olhares que para mim têm brilho. Será que o olhar dela tem brilho? E o dela, será que tem? Talvez não. Circunstâncias diriam... Verdade e Amizade.
Tempo. Um ano. Menos. Relógio tenho. Paciência também. Não me subestimes. Lembra-te que sei jogar xadrez. E o passado? Joguemos. Eu quero jogar. E tu, tens a certeza que queres?
Lunatismo e Ilusão. Cartas num castelo de cartas desmontado. Castigo. Verdade não sei se é mas acredito que sim. Inflamação e Coragem. Jogos psicológios, adoro. Veneno Inflamado. Castigo. E, no dia em que não puderes andar? No dia em que não puderes pensar? No dia em que vires que os teus olhos passaram a ser verdes?
Gosto de dados e gosto de cartas . K. Lamento se és Rei. Q. Lamento que sejas Rainha. J. Não lamento. Um Valete?!? Sim, vale mais que um Rei algumas vezes.
Ases, não falemos de ases porque, se as copas não fossem vermelhas, provavelmente estariam fora do baralho...