Ao abandono. Pelo menos esteve assim uma semana mas agora voltei. Estive de férias e não me foi possível escrever. Bem que tentei mas, para além de estar acompanhado, em alto mar não há internet. Ou melhor, até havia, mas a 18 euros à hora o que estava fora de questão. Peço desculpa, teve que ser mas estou de volta. Bem, gostei da viagem no geral. Foi uma mudança no que inicialmente estava previsto mas também gostei do itinerário. Perguntaram-me ontem se tinha gostado mais ao menos do que a minha viagem a Londres e eu citei uma frase que li precisamente no avião, enquanto ia para lá: "Não existem duas viagens iguais. Não posso dizer que gostei mais ou menos desta do que da outra. Simplesmente existem viagens que nos dão mais, outras que nos dão menos."
Nesta viagem houve contudo um sitio que adorei e a que pretendo voltar, espero, já para o ano. Mykonos. Para quem não conhece, recomendo vivamente que visitem a ilha. Para além de ter uma beleza única, não só pelas pitorescas casas e lojas muito bem decoradas, existe uma clara união entre arte e natureza fazendo da ilha um sitio memorável. Contudo, se tudo isto não for suficiente, encontrei algo que me agradou imenso. Ao que percebi existe uma enorme tolerância naquela pequena ilha. Encontrei, no espaço de 4 horas ( e sem caminhar mais de 500 metros), inúmeras lojas e bares dedicados ao público homossexual. Vi também, enquanto passeava por lá, inúmeros casais homossexuais alguns dos quais demonstrando o seu amor em público. Normal? Deveria de ser mas pelo menos, para mim, é muito raro observar tal acontecimento. E , aliado a isto, não existiam quaisquer olhares discriminatórios, dilacerantes, alegando que tudo aquilo era pecaminoso e repugnante (excluem-se alguns olhares curiosos de alguns turistas). Espero lá voltar um dia. Voltarei, claro, mas espero fazê-lo acompanhado. Porque é uma realidade diferente, porque a tolerância ali não se encontra mascarada sob falsos moralismos. Porque a evolução ali está presente, porque existe evolução, porque dão o exemplo. Porque te posso dar a mão, mostrar ao mundo o quanto te amo. Porque posso ser eu. Porque posso ser nós.
Contigo.
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