segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Finais Infelizes

Eu gosto de finais felizes, acho que toda a gente gosta. Um casamento, um beijo, um jantar com a família reunida, um salvamento heróico, tudo tão típico de um filme qualquer, sucesso de bilheteira. Sim, as pessoas gostam de finais felizes. Pagam para ver algo forjado, algo que em pouco ou nada se assemelha à vida real. Sim, as pessoas gostam de finais felizes, sim. Mas quantas podem dizer que terão um final feliz? Quantas poderão comparar a sua vida a um desses filmes e dizer "Sim, eu tive um final feliz"?
É óbvio que também sou uma dessas pessoas. Sim, porque também eu pago para ver algo que, se calhar, não vou ver concretizado na minha vida. Talvez seja para se sentirem melhor, talvez seja para acreditarem que é possível ter-se um final feliz. Nem eu sei bem porque gosto de finais felizes. Até começo a ficar aborrecido. Farto da ideia de ser sempre assim, de só existirem finais felizes, de se simular uma realidade distorcida através de uma ilusão. Acho que se deviam fazer mais filmes com finais infelizes. O meu filme preferido não tem um final feliz e, nem por isso, deixou de ser um sucesso de bilheteira. Sim, gosto de finais felizes. Sim, gosto de finais infelizes. Sim, porque a vida não tem de ser sempre alegre. Sim, porque às vezes vivemos infelizes. Sim, também precisamos de finais infelizes. Realidade ficcionada, precisa-se...

4 comentários:

  1. Titanic, huh?
    O Jack e a Rose podem não ter tido um final juntos, mas apesar de tudo, para mim, foram felizes.

    Princípio, meio, fim.
    O fim desconhecemos sempre a priori. Mas quando o conhecemos e se o achamos infeliz, basta pensarmos no início e no meio felizes e assim podemos construir o final feliz.

    (acho que isto está confuso. tenho de ir lanchar)

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  2. Sim, o final é fruto do presente que vivemos ou não vivemos e sim, isso pode aplicar-se se no início e no meio fomos felizes. Mas e se não tivermos sido? Como podemos construir um final feliz ? :s

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  3. Se o início e o meio não tiverem sido felizes, ainda vais a tempo de mudar as coisas. Não será assim?
    Às vezes pode aparentar ser difícil, porque nem sempre depende só de nós. Mas ainda assim, podemos sorrir de vez em quando ao constatar que não somos assim tão miseráveis como pensamos.

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  4. Vamos sempre a tempo de mudar, o problema é quando não depende de nós. Mas sim, às vezes sorrimos, porque há uma quebra, porque se avista algo que, muitas vezes, se revela uma ilusão. Mas sim, sorrimos, sorrimos sempre. E sorriremos, só resta saber se pouco, se muito xD

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