sexta-feira, 22 de julho de 2011

O futuro depois da morte

Considero que a morte é, um dos grandes tabus da nossa sociedade. Tem existido uma certa desmistificação deste tema, é verdade. E, neste assunto, acho que fujo um pouco ao que algumas pessoas sentem em relação à morte. Quando me perguntam se temo a morte, a minha resposta mantém-se constante. Não, temo a vida. Temo o rumo da vida, o futuro depois da morte. Tenho medo  de, quando morrer, olhar para trás e ver que passei a minha vida sozinho, sem um legado, sem ter feito algo que perdure, sem deixar saudades, sem que haja alguém que me lembre com um sorriso nos lábios enquanto se recorda de tudo o que passámos, sem ter feito a diferença, sem ter sido feliz. Assim posso dizer que tenho medo. Tenho medo de ser esquecido, de sentir que tudo isto foi em vão. A morte? Não fujo do assunto. Para mim a morte não é nada. A vida? Sim, a vida pode meter medo, pode fazer-nos temer o que acontecerá depois, a vida sim pode aterrorizar-nos. O resto? Pó. Somos feitos de restos de estrelas e a morte não é nada mais do que a formação de uma nova estrela. Sem a morte, não existiriam luzes à noite para nos encaminhar. Espero então que, quando morrer, me torne uma estrela. Que possa iluminar o futuro daqueles que pela noite caminham, à espera de que alguém os guie...

2 comentários:

  1. Com este texto fizeste-me lembrar duas coisas. Diferentes. Até aonde dizes "O resto? Pó.", fazes-me lembrar a mim mesmo, porque é exatamente assim que penso, talvez por isso me identifique muito com a música "Leave Out All the Rest", dos Linkin Park ;)

    a partir do momento mencionado, fazes-me lembrar algo que me é muito querido... O Rei Leão haha! Mas estou a falar a sério. Foi esse o primeiro filme que vi que comparava as estrelas a memórias de entes queridos que já atravessaram a linha da morte, e que agora nos contemplam, guiando o nosso caminho. Não sou uma pessoa muito religiosa, pelo contrário, olho para o mundo de uma perspectiva científica e racional. Sei perfeitamente o que são as estrelas... Mas é certo que me conforta o pensamento de que, por trás de cada pontinho do céu, está alguém a guiar-nos. Mas, para te ser sincero, sim, acredito que somos estrelas, que delas nascemos e que para lá voltaremos quando morrermos. E tenho argumentos científicos para tal. Mas como não quero deixa o comentário muito longo, apenas digo: Quando morrer, também quero ser uma estrela :)

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  2. ahaha claro, eu também encaro a vida de forma altamente racional ( o que às vezes nem sempre é positivo mas pronto, isso é outra história) e de facto, existem argumentos científicos que o comprovam por isso não é tao infantil este pensamento. Apesar de não ser um ponto de vista muito corrente, é perfeitamente plausível que , quando morremos, nos tornamos estrelas. E , convinhamos, é muito mais reconfortante pensar assim xD

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